PF faz buscas na Grande Vitória contra venda de animais silvestres

PF cumpre mandados contra grupo dedicado a crimes contra a faúna. Foto: Divulgação/PF

Policiais Federais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente cumprem na manhã desta sexta-feira (15) mandados de busca e apreensão contra a compra e venda de animais silvestres. A Operação Thera, como foi nomeada, acontece simultaneamente no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

Três ordens judiciais são cumpridas na Grande Vitória e outra em Cabo Frio, no estado carioca. O objetivo das ações é obter provas para desmantelar uma associação criminosa dedicada a crimes contra a fauna, em especial aracnídeos.

Segundo as investigações, os animais são provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização de órgão competente, e mantidos em condições inadequadas até sua comercialização por meio dos Correios.

Em nota, a Polícia Federal destaca que além de se tratar de um crime, o tráfico de animais silvestres é uma ameaça destrutiva para as espécies de animais e para a preservação da biodiversidade brasileira. “A ação é considerada a terceira maior atividade ilícita do mundo”.

Crimes investigados

Associação Criminosa

Art. 288: associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes. Pena: reclusão de um a três anos.

Crimes contra a Fauna

Art. 29: matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente ou em desacordo com a obtida. Pena: detenção de seis meses a um ano e multa.

Art. 32: praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: detenção de três meses a um ano e multa.

O nome da operação

O nome se dá em razão da família das espécies de aranhas tarântulas (Theraphosidae), majoritariamente comercializada pelo grupo criminoso.