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Pescadores temem prejuízos com mortes de peixes no ES

Segundo pescadores, as pessoas já estão com medo de comer o peixe por causa de uma possível contaminação

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A mortandade de peixes preocupa pescadores que dependem a pesca para sobreviver. Foto: Reprodução.

Os pescadores que dependem do comércio pesqueiro estão com medo de ficarem sem renda com os possíveis prejuízos que já estão sofrendo com a mortandade de peixes registrada durante a semana no Rio Santa Maria da Vitória. Nesta quarta-feira, eles ficaram de braços cruzados sem ter como trabalhar. 

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De acordo com o presidente da Associação dos Pescadores da Ilha das Caieiras, Wellington Júnior, não só os trabalhadores vão sofrer os impactos, mas também toda a cadeia produtiva que depende do pescado como bares e restaurantes. 

“Os pescadores e marisqueiros estão com um grande problema. Nem adianta ir pescar porque agora as pessoas estão com medo de comprar os produtos enquanto essa situação não for resolvida’’, explicou. 

Segundo ele, são cerca de 300 famílias já atingidas pelo problema. “Não sabemos o que fazer até sair um laudo para provar para a sociedade se o peixe está ou não contaminado”. 

Júnior disse ainda que por semana cada pescador tira em média R$ 500 e sem os peixes a situação vai ficar complicada. “Vou falar a verdade para você. Estamos nas mãos de Deus”. 

A suspeita inicial é de que um possível dano ambiental no Rio Santa Maria da Vitória, que deságua na baía de Vitória, seja a causa dessa mortandade. No entanto, até o momento, as investigações não apontaram um responsável direto, deixando os pescadores e a comunidade em alerta.

Mapeamento 

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) se reuniu na tarde desta quarta-feira (28) com representantes dos pescadores para discutir a mortandade de peixes no Rio Santa Maria e na Baía de Vitória. A reunião também contou com a presença de representantes da Prefeitura de Cariacica, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).

Nesta quinta-feira (29), o Iema, em parceria com os pescadores, fará um mapeamento dos locais com maior incidência de mortandade de peixes e realizará novas coletas de amostras para análises laboratoriais.

“Desde que recebemos a denúncia, o Iema vem realizando vistorias no Rio Santa Maria e na Baía de Vitória. Estamos investigando todas as possíveis causas de contaminação e contamos com o apoio dos pescadores para identificar os pontos críticos”, afirmou Mário Louzada, diretor-geral do Iema.

O Instituto realizou inspeções tanto nas margens do rio quanto utilizando barcos e drones, além de verificar as empresas da região. No entanto, até o momento, não foram encontrados sinais de contaminação. As medições de oxigenação, temperatura e condutividade da água indicam que esses parâmetros estão dentro dos padrões normais.


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