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Onda de calor é prenúncio do próximo verão no Espírito Santo

As temperaturas deverão permanecer elevadas em boa parte da estação, com possibilidade de novos picos de calor e ficará bem abafado

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Pais devem ter cuidados redobrados com crianças no mar. Foto: Chico Guedes/Arquivo Metro ES

Pais devem ter cuidados redobrados com crianças no mar. Foto: Chico Guedes/Arquivo Metro ES

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O calor registrado esta semana no Espírito Santo é uma amostra do que os capixabas podem esperar para o próximo verão. As temperaturas deverão permanecer elevadas em boa parte da estação, com possibilidade de novos picos de calor e ficará bem abafado.

O Climatempo frisa que não tem um prognóstico fechado para o verão, mas o fenômeno El Niño continua ativo e vai atingir o ponto máximo entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. O El Niño vai continuar influenciando o clima no Brasil e no planeta durante todo o verão 23/24 e só deve começar a enfraquecer no outono de 2024.

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O ano de 2023 será o mais quente já registrado no planeta Terra, desde a era pré-industrial. A média da temperatura do ar e do oceano vem batendo sucessivos recordes mensais desde julho. A contabilidade da temperatura global é uma média de todas as regiões oceânicas e continentais do planeta.

COMO EXPLICAR TANTO CALOR?

O Brasil ficou mais quente nos últimos meses devido a uma combinação de fatores. Desde o fim do outono, o país também vem sentido os reflexos do fenômeno El Niño, que é o aquecimento acima do normal da porção central e leste do oceano Pacífico Equatorial.

O El Niño favorece um aumento da temperatura em várias regiões do planeta. No Brasil, os maiores impactos que estão sendo observados é o excesso de chuva na Região Sul e a seca recorde na Amazônia.

Mas o aquecimento da grande massa de água do Pacífico Equatorial, na costa do Peru, passa para a atmosfera e altera a circulação dos ventos e a pressão do ar em vários níveis de altitude. Isto causa mudanças no padrão de temperatura e da chuva sobre a América do Sul.

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Desde o inverno, essa alteração da circulação dos ventos tem dificultado a mistura do ar frio polar com ar quente tropical, que predomina sobre o Brasil, o que contribui para o aumento da temperatura no país.

Tem chovido muito no Sul e por lá a temperatura não tem tido extremos como nas outras regiões. Mas nas outras regiões, a chuva da primavera vem sendo muito irregular e a chuva é um importante regulador da temperatura.

Com menos nebulosidade, menos chuva, menos ar polar, o sol tem ficado forte por mais tempo, esquentando o ar.

Além do El Niño e do aquecimento natural que ocorre sobre o Brasil e a América do Sul durante a primavera, com o movimento da Terra ao redor do Sol, nunca se viu o oceano e atmosfera tão quentes como em 2023.

Ondas de calor estão sendo observadas não só nos continentes, mas também nos oceanos, como consequência da mudança climática associada às emissões de combustíveis fósseis.

Os cálculos do Inmet revelaram que o Brasil ficou mais quente em julho, agosto, setembro e outubro, acompanhando os sucessivos recordes de temperatura global.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, no Brasil, muito provavelmente o ano de 2023 será o mais quente desde a década de 1960.

Faltando pouco menos de 2 meses para terminar o ano, é muito improvável que a tendência de temperaturas acima do normal no planeta observada até agora seja revertida. A tendência de alta das temperaturas em todo o mundo também vem sendo observada em novembro de 2023.


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