fbpx

Dia a dia

Menino de 2 anos morreu após ter intestino perfurado

Pais da criança foram presos por estupro de vulnerável, tortura e morte

Publicado

em

Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves, em Vila Velha. Foto: Divulgação/Sesa

Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves, em Vila Velha. Foto: Divulgação/Sesa

O menino de 2 anos que morreu na madrugada desta terça-feira (05) no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, com sinais de violência física e sexual, teve o intestino perfurado. A causa da morte por lesão e rompimento do intestino foi apontada por laudo do Departamento Médico Legal (DML).

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Antes da análise do DML a informação era de que criança teria falecido em decorrência de uma suposta pneumonia, mas profissionais do hospital apontaram que havia nítidos sinais de abuso sexual. O menino também tinha lesões circulares em várias partes do corpo que aparentavam terem sido feitas com ponta de cigarro.

Os pais da criança, um casal de 31 e 35 anos, foram presos em flagrante por estupro de vulnerável, com resultado de morte e tortura. Segundo a Polícia Civil, colaboradores do Himaba relataram que desconfiaram do comportamento dos genitores, que demonstraram perceptível indiferença com a morte do filho.

O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, delegado Alan Moreno de Andrade, relatou que o fato chegou ao conhecimento dele durante a madrugada dessa terça-feira (05), sobre uma criança de dois anos e oito meses que teria falecido no Himaba. “Por desconfiar que não fosse uma morte natural, o corpo não foi enviado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), como de praxe. Foi acionado o transporte de cadáver para recolhimento do corpo que foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para exames periciais”, disse o delegado Alan Moreno de Andrade.

Imediatamente, visando a averiguar a veracidade das informações, as equipes diligenciaram ao Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves e ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para comprovação do que foi narrado.

De acordo com o delegado Alan Moreno de Andrade, em contato com os colaboradores do Himaba, logo ficou nítida a desconfiança deles com o comportamento dos pais da criança, que demonstraram perceptível indiferença com a morte do filho. A polícia informa que 0 resultado do exame cadavérico concluiu que o menino foi violentado sexualmente e a causa da morte foi causada por um instrumento contundente que foi inserido no corpo do garoto e que causou lesões que romperam seu intestino, ou seja, a criança não teria falecido em decorrência de uma pneumonia ou qualquer outra doença respiratória”,

Além das lesões e lacerações, outras lesões circulares foram encontradas na região externa da face, dorso, braço esquerdo e na parte superior da coxa esquerda, que aparentavam ser lesões térmicas feitas por cigarro. Após o levantamento de todas as informações, o casal foi encaminhado à Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

“Em depoimento, os pais da criança não souberam informar o que teria acontecido com ela entre a noite de domingo (03) e segunda-feira (04), e apresentaram versões do fato com muitas lacunas e imprecisões. Além de não conseguirem explicar como não perceberam a laceração e as diversas queimaduras pelo corpo da criança”, contou o delegado.

O casal foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável com resultado de morte e tortura, previstos no art. 217-A, § 4º do Código Penal e Art. 1º, II da Lei 9.455 de 1997. Após os procedimentos de praxe, o casal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanecem à disposição da Justiça.