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Dia a dia

Jogos de realidade virtual tornam a fisioterapia mais atrativa no ES

Pesquisadores desenvolveram um sistema que adapta a esteira ao ritmo do usuário, integrando jogos que estimulam o movimento e tornam a experiência imersiva e divertida

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Corrida na esteira

Corrida na esteira. Foto: FreePik

Uma esteira que combina exercícios com jogos de realidade virtual está transformando a fisioterapia. Um projeto inovador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) une tecnologia e interatividade para enfrentar os desafios que muitos pacientes enfrentam durante o processo de reabilitação.

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O desânimo e a desistência são problemas comuns para quem passa por longas sessões de fisioterapia. Para mudar essa realidade, os pesquisadores dos Laboratórios de Telecomunicações (LabTel) e de Sistemas Centrados no Ser Humano (HCS) desenvolveram um sistema que adapta a esteira ao ritmo do usuário, integrando jogos que estimulam o movimento e tornam a experiência imersiva e divertida. O professor Anselmo Frizera explica: “Com a interação dos jogos, o paciente se sente mais motivado a continuar a terapia.”

Como funciona a fisioterapia interativa?

Ao contrário das esteiras tradicionais, onde os pacientes precisam se adaptar à velocidade do equipamento, essa nova abordagem utiliza sensores que ajustam automaticamente a velocidade da esteira conforme o movimento das pernas. “Isso permite uma experiência personalizada, benéfica tanto para o condicionamento físico quanto para a reabilitação motora”, afirma Frizera.

Além disso, o uso de telas de projeção reduz o cansaço visual e permite que os pacientes se movimentem livremente enquanto jogam. A interação é ainda mais rica com a tecnologia lidar, que capta os movimentos das pernas, e uma webcam que detecta a movimentação da cabeça, permitindo ao avatar do usuário se deslocar em várias direções.

Os testes iniciais já mostram resultados promissores. Um caso notável foi o de uma paciente idosa com Parkinson que se divertiu tanto jogando com um cachorro virtual que pediu para continuar a terapia. “É surpreendente ver como a abordagem lúdica pode aumentar a adesão ao tratamento. Muitas vezes, os pacientes desistem após poucos dias, mas neste caso, ela queria voltar”, conta Brayan Moreno, mestrando do PPGEE.

Uma iniciativa multidisciplinar

Este projeto não é apenas uma inovação tecnológica, mas uma colaboração entre profissionais de diversas áreas, incluindo Engenharia Elétrica, Engenharia Biomédica e Educação Física. A doutora Carla Zimerer destaca a importância de entender como os pacientes reagem a essa nova tecnologia, evitando problemas como o Cybersickness, que pode causar desconforto durante a interação com a realidade virtual.

Apoio e impacto social

Com apoio do CNPq e da Fapes, essa pesquisa pode ter um impacto significativo na saúde pública. À medida que novos testes são realizados, a expectativa é que a combinação de tecnologia e diversão não só torne a fisioterapia mais atraente, mas também melhore a recuperação dos pacientes, trazendo uma nova esperança para quem precisa de reabilitação.


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