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Golpe da voz: criminosos usam inteligência artificial para roubar

No ES ainda não há registro dessa modalidade de crime. Os mais praticados continuam sendo os que envolvem WhatsApp e Instagram

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Golpe com inteligência artificial. Foto: Freepik

Golpistas estão cada vez mais empenhados em confundir vítimas para roubar dinheiro. Agora há um novo tipo de golpe na praça, utilizando inteligência artificial. Os criminosos passaram a acessar vídeos e publicações nas redes sociais, para pegar o áudio e, a partir disso, simular a voz de pessoas para conseguir fazer transferências fraudulentas.

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Os softwares, alimentados por inteligência artificial, conseguem imitar vozes e reproduzi-las de maneira fiel, usando poucos minutos de áudios reais. Há programas que, com apenas 3 segundos, conseguem criar uma identidade, mas não são capazes de captar alguns aspectos da voz, vícios de linguagem e pequenas sutilezas.

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O titular da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos no Espírito Santo, delegado Brenno Andrade, comenta que no Espírito Santo ainda não há registro dessa modalidade de crime em larga escala. Os mais praticados continuam sendo os que envolvem WhatsApp e Instagram.

“Os mais comuns continuam sendo os que envolvem WhatsApp. Tem a conta falsa, onde o criminoso se passa por algum familiar, e a clonagem. A gente verifica também conta hackeada no Instagram, onde o criminoso acaba anunciando no perfil produtos eletrônicos, móveis, investimentos e eletrodomésticos. Há ainda perfis falsos de pousadas e restaurantes”, pontua o delegado.

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Para previnir golpes, seja de WhatsApp ou mesmo os que utilizam Inteligência Artificial, a recomendação do delegado é que a pessoa peça uma videochamada para quem pediu o dinheiro. O ideal é combinar com familiares uma “senha” ou “palavra-chave” para que possam confirmar quem é a pessoa do outro lado da ligação, videochamada ou mesmo mensagem de texto.

Ao ser vítima de um golpe do Pix, o primeiro passo é entrar em contato com a instituição bancária e tentar o bloqueio dos valores e depois realizar o boletim de ocorrência. “A gente sabe que a pessoa não vai conseguir reaver o dinheiro. Caso o dinheiro não tenha sido sacado ou transferido, a instituição bancária pode tentar bloquear o valor. E tem que informar no boletim a chave Pix para qual foi transferido o valor e a Agência”, explica o delegado.

PIX

O pix, recurso desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, foi lançado em 2020, em um cenário pandêmico, uma alternativa que caiu como uma luva na época em que o público evitava contato físico, inclusive com cédulas de dinheiro. Por ser instantâneo, sem taxas de pagamentos e de fácil acesso, a modalidade ganhou popularidade entre os brasileiros, mas também entre os criminosos. É possível realizar denúncias destes crimes pelo número 181 e registrar boletim de ocorrência on-line, no site da Polícia Civil.