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Dia a dia

Espírito Santo já registra mais de 100 sequestros em 2023

A facilidade de transferências bancárias utilizando o Pix ainda é apontada como um dos fatores que contribuem para que os criminosos continuem agindo

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Entrar no carro. Foto: FreePik

Entrar no carro. Foto: FreePik

Nos primeiros oito meses deste ano, o Espírito Santo registrou um total de 101 sequestros. Enquanto no mesmo período do ano passado, a Polícia Civil contabilizou 120. Dados apontam uma redução de 15,8%. No entanto, os números ainda são altos, e a facilidade de transferências bancárias utilizando o Pix ainda é apontada como um dos fatores que contribuem para que os criminosos continuem agindo.

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Nesta semana, o sequestro da personal chef Laís Rosa ganhou visibilidade no estado e chamou a atenção para as ocorrências registradas no Espírito Santo. No dia 6 de setembro, a influencer foi abordada em um estacionamento de uma loja na avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica. Ela foi mantida como refém por cerca de uma hora e foi abandonada em um matagal. O criminoso fugiu com R$ 500 em dinheiro, o celular desbloqueado, a aliança e o carro da vítima.

O titular do 6º Distrito de Polícia de Vila Velha, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, alertou que a maior parte das ocorrências acontecem na entrada ou saída dos veículos. “Esse é o momento mais vulnerável e quando as pessoas devem ter maior atenção. O ideal é a pessoa redobrar a atenção nesses momentos. Se a pessoa perceber que a presença dela chamou a atenção de um suspeito, ela não deve parar”.

Uma das dicas do delegado é configurar o controle do veículo para abrir apenas uma porta quando acionado. Nem todos os carros têm esse dispositivo, no entanto, o ideal é se informar por meio do manual. Dessa maneira, dificulta a entrada do infrator no veículo por outras portas. Outra recomendação é que, quem puder, deixar contas bancárias em um smartphone que fique em casa, não no utilizado no dia a dia e nas ruas. Dessa maneira, a vítima pode ter o prejuízo minimizado, caso os criminosos queiram transferências bancárias.

“Já houve casos em que o criminoso queria apenas o carro, no entanto, o motorista não saiu rápido do veículo ou então ficou parado perto da porta e foi jogado para dentro, a vítima acabou sendo levada. Então, se os criminosos mandarem sair, vá e deixe as chaves. Caso a pessoa não tenha conseguido se prevenir e tenha sido sequestrada, nossa recomendação é não conversar, apenas responder o que é perguntado e orientar o que você vai fazer, nada de tentar surpreender o infrator. Houve casos da pessoa querer pregar e converter o criminoso, ele ficar com raiva e ser violento”, frisou o delegado.

Para Guilherme Eugênio, o ideal é que caso a pessoa tenha sido vítima de um sequestro, o ideal é que ela procure a delegacia e registre a ocorrência o mais rápido possível. Nesses casos, a Polícia Civil se empenha ao máximo para iniciar a investigação e dar início às buscas. Essa agilidade faz com que aumente as chances de recuperar os bens materiais e encontrar o criminoso.

Em maior deste ano, um homem de 25 anos, suspeito de sequestrar uma bancária no bairro Praia da Costa, em Vila Velha, foi preso na Bahia. A mulher foi mantida sob privação de liberdade por quase duas horas, obrigada a realizar o saque de R$ 2 mil e a comprar uma garrafa de água. Além disso, durante as investigações, foi constatado que oito dias depois do crime, o homem promoveu outra ação criminosa com o mesmo modus operandi em Vitória, contra uma senhora de 62 anos. No dia 10 de maio, ele foi preso na Bahia.