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Epidemia: ES tem 12 mortes e 48.310 notificações de dengue

Os dados foram divulgados pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em coletiva

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Aedes aegypti. Foto: FreePik

Aedes aegypti. Foto: FreePik

O Espírito Santo segue em alerta para o crescimento do número de casos e mortes em decorrência da dengue em 2023. Desde 1º de janeiro até esta terça-feira (14), o estado tem um acumulado de 48.310 notificações e 12 mortes. Os dados foram divulgados pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em coletiva.

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Neste ano, as 12 mortes confirmadas são de adultos e ocorreram em sete municípios: 2 em Castelo; 1 em Muniz Freire; 3 em Linhares; 1 em Governador Lindenberg; 2 em Vitória; e 2 na Serra. Ainda há mortes em investigação no estado.

O número de casos e óbitos de dengue registrados em 2023 já ultrapassou o total de casos de todo o ano anterior, quando foram registrados 20.929 casos e 6 mortes no estado. Um dos fatores que tem influenciado a epidemia, segundo o subsecretário, é a circulação de dois tipos de vírus da doença, tipo 1 e tipo 2, que se comportam como vírus diferentes.

No verão, os dias quentes são antecedidos por bastante chuva, o que cria um ambiente favorável para proliferação do mosquito e pode explicar o aumento dos casos. “Essa é uma doença de responsabilidade de todos, uma vez que os focos estão normalmente dentro das residências ou no quintal. Lembrando que os ovos podem sobreviver mais de um ano. Temos que já cuidar agora para reduzir a proliferação no ano que vem”, alertou Reblin.

MINISTÉRIO ESTÁ SEM REPASSAR INSETICIDA DO FUMACÊ

O inseticida utilizado no fumacê está com problemas de produção. O adulticida (da marca Cielo ULV – Imidacloprida), empregado no fumacê e fornecido pelo Ministério da Saúde, está em falta. Deveria ter sido comprado pelo governo federal no ano passado e não foi, segundo Reblin.

O fumacê é o nome popular da operação realizada pelo método Ultra Baixo Volume (UBV) veicular e é recomendado quando há alta incidência e muito alta incidência de casos prováveis de dengue, ou seja, a partir de 300 casos por 100 mil habitantes. Adulticida é o inseticida para matar o mosquito adulto.

O subsecretário lembra que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafa.

VACINA CONTRA A DENGUE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no início de março o registro de uma nova vacina contra a dengue. A Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharma, é o primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue, mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença.

No entanto, Reblin comenta que a vacina deve demorar a ser disponibilizada para a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O processo requer uma série de aprovações e regulamentações até ser distribuída para os estados e municípios.