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Droga usada por seita: ketamina avança em festas do ES

Só este ano, o número de apreensões de ketamina ou cetamina no Espírito Santo é maior que o dobro registrado em todo o ano passado.

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Embora tenha como finalidade ser um anestésico e até em alguns casos usada no tratamento de doenças como depressão, a Cetamina ou Ketamina tem sido altamente consumida em festas e baladas do Espírito Santo.

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Considerada como uma droga da moda, só este ano foram cinco apreensões da substância pura. O número é mais que o dobro  de todo o ano de 2023 quando houve apenas duas apreensões.

O perito oficial criminal Cesar de Souza Netto Rezende, do Laboratório de Química da Polícia Científica, explicou que a proliferação pode ser muito maior, já que a cetamina é também misturada à cocaína para adulterá-la.

Os efeitos são semelhantes ao de outras drogas, como alucinação e sensação de deslocamento do corpo, a famosa “onda” que provoca nos usuários desse tipo de produto.

Segundo o Perito Oficial Criminal Cesar Netto, a cetamina é misturada à cocaína. Foto: Divulgação

Segundo o perito, a Ketamina é usada principalmente em ambiente hospitalar, além de ter uma versão veterinária. E não falta criatividade para camuflar o uso, que pode ser inalada ou diluída em ampolas para ser injetadas.

“A que mais chega nas mãos do usuário é provavelmente a usada em hospitais. Quando é desviada pode causar muitos efeitos colaterais e até a morte”, afirmou Rezende.

Foi o que teria acontecido com a ex-sinhazinha do Boi Garantido, Dilemar Cardoso da Silva, 32 anos, conhecida como “Djidja Cardoso”.  Ela foi encontrada morta em Manaus (AM), cuja causa está associada uma possível overdose da substância.

Outra morte envolvendo cetamina e com repercussão na mídia, em 2023, foi a do ator norte-americano conhecido pelo papel na série “Friends”. Em maio, a polícia de Los Angeles concluiu que Matthew Perry teve uma overdose acidental, seguida de afogamento, de acordo com informações da agência Reuters.

Seita

A morte de Djidja está sendo associada a uma seita denominada de “pai, mãe, vida”, que usava alucinógenos de forma ilícita, inclusive a cetamina.

Djidja era um dos alvos da investigação pela compra e distribuição ilegal de cetamina. A polícia suspeita que a morte da ex-sinhazinha foi causada pelo uso excessivo do medicamento.

Na seita, Djidja era denominada Maria Madalena, fazendo alusões às divindades. Outros dois envolvidos eram apontados como Jesus e Maria.

Um dos envolvidos na seita é investigado por estupro e causar o aborto de uma ex-companheira, obrigada a usar a drogas e participar dos rituais.


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