Criminosos planejaram latrocínio dos pais da primeira-dama de Cachoeiro

Valmir Santana Ribeiro e Adriana de Souza Santos são suspeitos de matar a facadas os pais da primeira-dama de Cachoeiro de Itapemirim. Foto: Reprodução

O latrocínio que vitimou os pais da primeira-dama Keila Vetoraci, esposa do prefeito Victor Coelho, no bairro Baiminas, em Cachoeiro de Itapemirim, foi planejado pelos criminosos. Luiz Geraldo Duarte Ignez, de 80 anos, e Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, foram mortos a facadas no hotel que também servia como residência do casal na manhã desta terça-feira (8).

O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, delegado Felipe Vivas, informou que Valmir Santana Ribeiro, 38 anos, parece ser do Rio de Janeiro e estava residindo na cidade. Ele agrediu primeiro a Cacilda e, em seguida, atacou o homem que chegava em casa após ter saído para comprar comida. Ao retornar, Luiz se deparou com a cena do crime, momento em que o autor também desferiu golpes de faca contra a vítima.

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Durante o interrogatório, o rapaz negou a morte dos cachorros da família, atribuindo a responsabilidade à mulher, que por sua vez se isentou de qualquer envolvimento, alegando não ter conhecimento sobre os planos criminosos. Entretanto, o autor acusou a comparsa de ser a mentora e incentivadora do crime, argumentando que, se o roubo fosse realizado, ela já havia se hospedado no local, o que possibilitaria o reconhecimento pelo casal.

Segundo a Polícia Civil, a motivação para matar as vítimas estava relacionada à necessidade de evitar que fossem identificados. Valmir que confessou o crime tinha passagem pela polícia, com um histórico de tentativa de homicídio desde 2006, além de registros de crimes patrimoniais tanto no estado do Rio de Janeiro quanto no Espírito Santo, onde já foi condenado por delitos dessa natureza. Recentemente, em maio, foi preso em flagrante e liberado durante a audiência de custódia. Adriana de Souza Santos, 36 anos, por sua vez, está ligada ao tráfico de drogas, é usuária e atua como vendedora de entorpecentes.

Luiz Duarte e Cacilda Duarte foram mortos a facadas dentro do hotel onde moravam e do qual eram proprietários em Cachoeiro de Itapemirim. Foto: Reprodução/WhatsApp

“Estamos todos consternados e tristes com o que aconteceu. É um crime que, por sua natureza, é difícil de evitar, já que ocorreu dentro do estabelecimento e envolve um abuso de confiança. É um crime grave que choca, uma ofensa patrimonial cometida com abuso de confiança, especialmente contra idosos, motivado por uma busca repugnante de impunidade. Os suspeitos aparentemente se hospedaram em um hotel e usaram essa relação de confiança para cometer o crime. A cena do crime é realmente assustadora, e conduzimos a investigação com a seriedade que a situação requer”, frisou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno.

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Eles não pernoitaram no hotel. Valmir e Adriana relataram que contrataram uma diária de R$ 100, entraram pela manhã e podendo sair à noite. No entanto, as investigações apontam que já tinham a intenção de cometer o crime e roubar bens para fugir para Campos dos Goytacazes.

As autoridades seguem investigando o caso, e o que se observa até o momento é que a ação foi premeditada, com a dupla decidindo matar as vítimas para evitar qualquer responsabilização pelo latrocínio. Ambos estão sob investigação por crimes em Cachoeiro de Itapemirim, e a polícia continua a reunir evidências para elucidar todos os detalhes do crime brutal.

Os dois foram presos pela Guarda Municipal no bairro Independência, em Cachoeiro de Itapemirim. Um dos suspeitos foi detido enquanto dirigia o veículo da vítima. Havia ainda outra pessoa envolvida no crime, uma mulher. A Guarda Municipal realizou diligências e foi até a casa do padrasto do autor, onde encontrou a outra pessoa. Valmir Santana Ribeiro e Adriana de Souza Santos foram presos em flagrante e levados à delegacia, onde a ocorrência está sendo finalizada.

Ambos responderão pelo crime de latrocínio, cuja pena prevista varia de 12 a 30 anos, além de crimes contra o meio ambiente em decorrência da morte dos dois animais, cuja pena máxima pode chegar a 5 anos.

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