Dia a dia
Crea-ES sugere novo projeto para prédio do Cais das Artes
“A decisão do governo do Estado deve ser urgente para que os prejuízos não sejam maiores”, frisou o presidente do Crea-ES

Vistoria do Crea-ES no Cais das Artes, em Vitória. Foto: Divulgação/CREA-ES
Relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) recomenda novo projeto para obra para do Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória. A vistoria técnica e fiscal feita por uma equipe multidisciplinar constatou prejuízos enormes, principalmente nas estruturas metalmecânicas e de ares-condicionados.
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Para o presidente do Crea-ES, o engenheiro Jorge Silva, há dois caminhos no futuro da obra parada há anos: recuperação total da estrutura ou mudança dos objetivos para o Cais das Artes. E cabe ao governo do Estado decidir o rumo da construção. Em ambas as escolhas, a construção de um novo projeto é essencial para a segurança do prédio.
Com obras paralisadas desde 2015, um impasse na Justiça e uma possibilidade de ir parar nas mãos da iniciativa privada, o Cais das Artes, continua em uma espiral de indefinições. E o Crea-ES pede celeridade na Justiça para que os prejuízos não se tornem ainda maiores e o gastos públicos ainda mais altos.
“Toda obra parada sobre com a ação do tempo, principalmente uma obra próxima ao mar. Essa é uma obra que não é só de concreto, tem muitos pilares, aparelhos e equipamentos metalmecânicos que já sofreram muita oxidação. A obra está toda aberta e, por isso, sofre ainda mais com as intempéries”, explica o presidente do Crea-ES.
Ainda segundo o engenheiro, o estudo mostrou que vigas e aços estão em estado avançado de oxidação. Nas partes de concreto, identificaram desgastes causados pela ação do tempo em razão do período em que a obra está parada, que terão que ser revisadas ou recompostas. Os maiores estragos estão nos sistemas metalmecânico e de ares-condicionados.
“Para tocar essa obra para frente, muita coisa terá que será revisada e outras tantas terão que ser trocadas. Entendemos a necessidade de ser feito um inventário da real situação da obra e a realização de um novo projeto. É necessário definir se essa obra será tocada para frente com os objetivos iniciais ou se será passada para iniciativa privada. Às vezes, fica mais caro recuperar a obra, do que construir uma nova. A decisão do governo do Estado deve ser urgente para que os prejuízos não sejam maiores”, frisou o presidente do Crea-ES.
O documento será destinado ao Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), aos Ministérios Públicos Estadual e Federal e às instâncias judiciais.
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