Dia a dia
Crea-ES cobra retomada de mais de 240 obras paradas no ES
O Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória, aparece no levantamento como prioridade de resolução

Vistoria do Crea-ES no Cais das Artes, em Vitória. Foto: Divulgação/CREA-ES
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) iniciou, nesta semana, tratativas com órgãos públicos para retomar as mais 240 obras paradas no Espírito Santo, sendo 54 pertencentes ao governo do Estado. O Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória, que já teve um gasto de R$ 216 milhões aos cofres públicos, aparece no levantamento como prioridade de resolução.
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O presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva, ressalta que essas são obras municipais, estaduais e federais que, lamentavelmente, vem se deteriorando com o tempo, sofrendo com as adversidades climáticas, depredações e acabam gerando desperdício de dinheiro público.
“Enviamos ofícios ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES), Procuradoria de Justiça, Tribunal de Contas e ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no sentido de haver uma análise e tomada de decisão conjunta quanto ao reinício dessas obras, evitando assim mais prejuízos aos cofres públicos e riscos diversos à sociedade”, explicou Jorge.
O Crea-ES se colocou à disposição do governo do estado e municípios para ajudar tecnicamente a sanar esse grande problema, que vem trazendo insegurança, desconforto, riscos e prejuízos. A proposta é iniciar diálogos com o poder público e encontrar soluções para que a retomada dessas obras possam acontecer.
Na Grande Vitória, a maior preocupação é o Cais das Artes, que para a retomada das obras será necessário uma reforma nos prédios, que já estão deteriorados devido às adversidades climáticas e depredações. Em novembro do ano passado, o Crea-ES chegou a enviar um relatório ao poder público recomendando um novo projeto. A vistoria técnica e fiscal feita por uma equipe multidisciplinar constatou prejuízos enormes, principalmente nas estruturas metalmecânicas e de ares-condicionados.
“Além do prejuízo aos cofres públicos, também há riscos para a sociedade como um todo. Afinal, uma obra parada acaba se deteriorando com o tempo e há riscos de danos nas estruturas que podem provocar acidentes. Entendemos que há empecilhos para a retomada, mas vamos tentar conversar e agilizar. Obras como o Cais das Artes, que tem imbróglio na Justiça podem ser mais complicadas. Estamos dispostos a conversar com todas as partes. A ideia da campanha é iniciar tratativas para a retomada dessas obras paradas no estado”, pontuou Jorge.
