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Bem-estar

Junho Vermelho: mitos e verdades sobre doação de sangue

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, o Hemocentro, em Vitória, recebe todos os dias uma média de 90 doadores

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Doação de sangue. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Junho Vermelho é o mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No mês em que dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue – o Junho Vermelho -, a informação é de que seriam necessárias, ao menos, 130 para manter os estoques e atender a demanda existente.

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Ou seja, é preciso de mais doadores. “A desinformação, as dúvidas e a falta de conscientização sobre o quanto doar sangue é um ato importante acabam reduzindo o número de potenciais doadores. O Junho Vermelho é um momento importante para dar luz ao tema, contribuindo para estimular a doação”, afirma a hematologista da MedSênior, Fernanda Medeiros.

Segundo ela, há fatores específicos que também levam o número de doações a cair, como em feriados prolongados, nos períodos mais frios do ano devido aumento no número de infecções respiratórias e ao longo da pandemia de Covid-19. “Mesmo assim, os mitos seguem sendo um grande empecilho e desconstruí-los é algo importante para salvar vidas”, diz.

O serviço de hemoterapia que realiza coleta de sangue deve elaborar e implementar um programa de captação de doadores, segundo critérios de seleção documentados que assegurem a proteção do doador e potencial receptor, com a participação de profissionais capacitados para esta atividade.

A doação de sangue deve ser voluntária, anônima, altruísta e não remunerada, direta ou indiretamente, preservando-se o sigilo das informações prestadas.

O candidato à doação de sangue deve ser informado sobre as condições básicas e desconfortos associados à doação, devendo ser avisado sobre a realização de testes laboratoriais de triagem para doenças infecciosas transmitidas pelo sangue e sobre fatores que podem aumentar os riscos aos receptores, bem como sobre a importância de suas respostas na triagem clínica.

Mitos e verdades

Doar pode prejudicar a saúde do doador  

Mito. O volume de sangue coletado é baseado no peso e sexo do doador. Além disso, o organismo repõe todo o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação. Já a recuperação das hemácias (que contém a hemoglobina) é mais lenta e pode levar de 6 a 8 semanas. Ou seja, não há prejuízo para o doador e nem ele ficará “mais fraco” ao doar sangue.

O intervalo mínimo entre duas doações de sangue total é de 2 (dois) meses para homens e de 3 (três) meses para mulheres, e a frequência máxima admitida entre as doações é de 4 (quatro) doações anuais para o homem e de 3 (três) doações anuais para a mulher. Para a doação por aférese, que é um tipo especial de doação, outros intervalos são estabelecidos.

(fonte: RESOLUÇÃO – RDC N° 34, DE 11 DE JUNHO DE 2014 Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue).

Só podem doar sangue maiores de idade 

Mito. Trata-se de um mito que muitos tomam como verdade, mas adolescentes de 16 e 17 anos já podem doar sangue, estando fisicamente aptos para ser um doador. A questão é que, além de cumprir os requisitos básicos para doação como qualquer adulto, adolescentes precisam da autorização ou da presença de um dos pais ou responsável legal para doar.

Na Escola Monteiro, um grupo de alunos do ensino médio, que escolheu que pretende fazer faculdade na área de saúde, desenvolveu um projeto especificamente com esse foco: informar aos adolescentes da instituição e de outras escolas a importância da doação, esclarecendo que eles também poderiam se tornar doadores.

A médica Andrea Saliba, mãe de uma aluna da Monteiro que fez parte do projeto, ressalta a importância da iniciativa focada na tipagem sanguínea e na conscientização sobre a importância da doação de sangue.

“Ter consciência da importância do cuidar e despertar esse olhar neste jovem que quer atuar na área de saúde são iniciativas de grande valia”, afirma.

Para ela, a prova de que os alunos foram realmente “tocados” é que desejam dar continuidade ao projeto, incentivando a doação de sangue entre adolescentes a partir de 16 anos por meio de palestras nas escolas e outras ações.

Idosos não podem doar sangue 

Mito. Em 2013, houve aumento na idade máxima dos doadores de sangue pelo Ministério da Saúde. Atualmente, pessoas entre 16 e 69 anos podem realizar o ato de doação.

O limite de idade para a primeira doação de sangue é de 60 (sessenta) anos.

Doar sangue emagrece 

Mito. Doar sangue não emagrece nem engorda. O volume de líquido é reposto em 24 horas.

Não posso doar sangue após ter sido vacinado 

Verdade. É recomendado levar a carteira de vacinação no dia da doação. Dependendo do tipo de vacina o intervalo para poder realizar a doção varia de 48 horas a quatro semanas.

Quem teve dengue ou Covid nunca mais pode doar sangue 

Mito. O organismo cria anticorpos contra as infecções virais e, com isso, o vírus é neutralizado. No caso da dengue, a liberação para a doação é de 30 dias; No caso de dengue hemorrágica, o período é de seis meses. Já no caso de Covid, o prazo é de 10 dias após a recuperação completa dos sintomas.

Mulheres não pode doar sangue durante a menstruação 

Mito. A perda de sangue que ocorre durante a menstruação é uma perda prevista pelo corpo da mulher e seu organismo está adaptado a fazer a reposição necessária.

Em cada doação de sangue são coletados em torno de 450 mL de sangue, o que corresponde menos de 10% do total de volume sanguíneo. Essas células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou. Por isso, a doação de sangue durante o período menstrual não apresenta nenhum risco à saúde da mulher.

Com relação à proteção de doadoras gestantes, no pós parto ou aborto deve-se proceder à inaptidão temporária por até 12 (doze) semanas após o parto ou abortamento

Quem tem piercing e tatuagem não pode doar 

Mito. O candidato que tenha feito piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva sem condições de avaliação quanto à segurança do procedimento realizado, deve ser considerado temporariamente inapto por um período de 12 (doze) meses após a realização do procedimento;

O candidato que tenha realizado os procedimentos acima em estabelecimentos regularizados pela vigilância sanitária deve ser considerado inapto por período de 6 (seis) meses após realização do procedimento, excetuando-se o caso de piercing na região oral e genital, no qual o candidato será considerado inapto por 12 (doze) meses após a sua retirada;

É preciso não consumir bebida alcoólica antes de doar sangue

Verdade. Para doar sangue, é preciso que você não tenha ingerido álcool nas últimas 12 horas, sendo o alcoolismo crônico motivo de inaptidão definitiva.

Fumantes não podem doar sangue

Mito. Fumantes podem doar sangue, mas é recomendável um intervalo sem fumar de pelo menos 2 horas antes da doação.


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