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Bem-estar

Ansiedade no fim do ano é mais comum do que se imagina. Entenda

Ao pensar nas metas não alcançadas, muita gente tem crise da “síndrome do fim de ano”

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Na foto uma mulher negra com cara de pensativa aparece em primeiro plano. Ao fundo, de forma desfocada, uma árvore de natal

Síndrome do fim de ano é muito mais comum do que se imagina. Foto: Freepik

O fim do ano sempre é sinônimo de festas. Natal, ano novo, décimo terceiro, momentos em família, viagens e muito mais. Ao mesmo tempo, é uma época com uma alta tendência de desenvolvimento da “síndrome do fim de ano”.

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Mesmo sem ser oficialmente uma doença com CID, essa síndrome aparece para várias pessoas no fim do ano, trazendo depressão, estresse e ansiedade. O psicólogo e colunista da BandNews ES FM, Alexandre Brito, explica que é muito mais comum do que as pessoas imaginam.

“Elas avaliam o ano delas e já têm uma certa expectativa do próximo ano, com algumas preocupações que podem gerar ansiedade. Na ansiedade, algumas vezes, a gente destaca os pontos negativos, ou seja, você acha que o que aconteceu de bom foi sorte e o que deu errado foi culpa sua”, conta.

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Além disso, ao fazer análise do ano, muita gente esbarra nas expectativas que foram criadas, mas não foram atendidas. Ao passar o ano tentando agradar, se adaptar, fazer algo pelo outro ou realizar um desejo de alguém sem pensar em si próprio, a ansiedade por não ter cumprido o que os outros queriam, pode acabar afetando a pessoa.

“Esse ponto da autocrítica, essa autocobrança em excesso, que é um outro ponto agora, também gera muitos problemas, porque você tenta ser perfeccionista, você tenta sempre fazer tudo de modo a não faltar nada, e aí você acaba vivendo uma vida impossível, pois não é possível ser perfeito e nada faltar”, lembra o psicólogo.

Celebrar conquistas

Alexandre Brito também pontua que muita gente acredita que conquistas são apenas bens materiais que foram adquiridos ao longo do ano. Entretanto, é válido lembrar das pequenas conquistas como ter feito algo pela primeira vez que já era de vontade própria há muito tempo.

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“Você tem conquistas quando você diminui, às vezes, sua inveja, seu ciúme, quando você começa uma terapia, quando você aprende a lidar com a frustração, quando você liga para uma pessoa enfrentando seu ressentimento, tudo isso é conquista. Para mim é tão importante quanto ou mais importante do que uma conquista material”, exemplifica.

Empatia tem limite?

O psicólogo ressalta que por mais que o mundo seja um local que precise de empatia, existe um limite. Isso porque ajudar o próximo, em alguns casos, significa abrir mão de si mesmo, aumentando as chances de ansiedade e depressão.

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“A gente tem que avaliar o ano vendo as pequenas conquistas e não só os grandes defeitos, falhas e fracassos. Ver o mundo de outra forma. Isso ajuda a lidar de outro jeito com a vida. A empatia e compreensão com os outros tem limite. Você não pode abrir mão de si”, afirma.

Próximo ano

Para ajudar a lidar com os medos do próximo ano, uma dica importante é estabelecer prioridades que são possíveis de serem realizadas. Uma maneira de fazer isso, de acordo com o psicólogo, é por meio de planejamento com antecedência em meses ou semestre.

“O cuidado de si é indispensável, não é egoísmo cuidar de si e se tratar como prioridade. Saber dizer ‘não’ também é um ponto muito importante para lidar com ansiedade”, conclui.


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