O que o ano de 2020 fez comigo
- Por Tiago Moschen
Como é difícil falar do futuro. Na virada do ano 2019 para o de 2020, jamais imaginaria que passaria por tudo o que estamos enfrentando até o momento. Foram longos 8 meses, desde março – quando começou a pandemia. Estamos vivendo em um mundo que acreditava existir apenas nas telas de cinema.
Diante de tanta incerteza e dificuldade, vi várias empresas fechando as portas, pessoas carentes necessitando ainda mais de ajuda, alunos sem aprendizado e hospitais lotados.
Mas, o que me fez refletir para escrever este artigo é justamente o quanto tenho aprendido nos últimos tempos. Aprendi a usar mais ferramentas tecnológicas que, até então, nem sabia que existiam e pude verificar como elas tornam a vida profissional mais dinâmica e eficiente.
Aprendi, também, a importância de fazer reuniões mais eficientes e que dá para manter o mesmo foco, sem a necessidade da presença física. E sobre as reuniões, confesso que aprendi depois do surto inicial da pandemia, quando me obrigavam a participar de reuniões on-line três vezes por dia (foi uma fase tão difícil quanto aguentar o boom de digital influencers).
Aprendi que, mesmo fora da sua visão de alcance, um funcionário pode fazer as mesmas entregas ou até melhores, pois o que vai mudar isso não é o ambiente de trabalho, e sim o comprometimento do indivíduo.
Repensei minha vida profissional e resolvi embarcar em uma jornada completamente diferente do que estava habituado. Sem dúvidas, foi o meu grande passo neste ano.
Melhorei muito meu networking, mesmo sem participar de eventos. Confirmei que a melhor forma de passarmos por qualquer situação turbulenta é por meio de trabalho duro e de nossas contribuições individuais para tornar o mundo melhor. E que, quanto menos iniciativa política, melhor.
Entendi que educação e saúde continuam sendo a base fundamental da nossa sociedade. Na questão da educação, estou na minoria que entende isso, pois ainda vejo muita preocupação com a liberação da vida social e pouca, quase nenhuma, com a evolução e a adaptação do ensino. Inclusive, para mim, a pandemia deixou muito claro como nossos métodos de educação estão ultrapassados.
Diante dessas reflexões, acredito que a forma como encaramos a situação e o que fazemos com essa análise são os pilares que nos fazem sobreviver a períodos turbulentos. Isso reflete em tudo: na direção que damos à empresa, na forma como os nossos colaboradores reagem às mudanças, no modo como nos alinhamos com a construção da sociedade que queremos e como contribuímos para isso. Consequentemente, esses fatores refletem na nossa vida pessoal e na nossa saúde.
Portanto, quanto mais enxergarmos oportunidades nas dificuldades e entendermos a importância e a responsabilidade da nossa contribuição individual, mais fortes passaremos por esta ou quaisquer outras turbulências.
Sobre o autor

Tiago Moschen, graduado em Administração pelo Unesc e pós graduado em Gestão de Negócios pela Fucape. Possui 13 anos de experiência no setor financeiro e, atualmente, ocupa o cargo de diretor financeiro no Laticínios Fiore.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.
Melhor texto que eu li sobre o momento vivido.