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ES produz primeira aguardente brasileira feita 100% de cacau

A Cacahualt está ganhando o mercado e no mês de julho, o produtor esteve presente na Feira do Empreendedor realizada pelo Sebrae-ES

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Cacahuatl - cachaça de cacau. Foto: Divulgação

Cacahuatl – cachaça de cacau. Foto: Divulgação

A primeira aguardente brasileira feita 100% do cacau é uma legítima capixaba. Com um sabor inteiramente próprio, totalmente novo, totalmente diferente, então ela não é comparável a nada que você conheça. A Cacahuatl foi produzida em Linhares pelo André Luiz Scampini.

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O produtor da aguardente conta que era um destilador caseiro e fazia bebidas destiladas como um hobby. Produzia cachaça, rum, gin, vodka, whisky, aguardente de fruta, mas fazia em casa, como um passatempo. Então quando surgiu a demanda para aproveitar melhor o fruto do cacau, resolveu tentar fazer o destilado e deu certo.

“Eu tive que criar a receita da aguardente. Cheguei a pesquisar documentação científica, fiz contato com especialistas da Bahia, mas não achei nada sobre o assunto. Então tive que usar minha experiência como destilador amador para fazer a bebida e depois refinar a receita para ficar com as características sensoriais que eu queria. Ser pioneiro é uma alegria e ao mesmo tempo é um desafio, porque você lida com um mercado que nunca viu o seu produto antes, não sabe o que é e ainda existe uma resistência natural”, conta André.

A curiosidade também é algo interessante, uma vez que os consumidores criam expectativas diferentes antes mesmo de provar a Cacahuatl. A associação do cacau com o chocolate automaticamente faz com que as pessoas acreditem que a aguardente será doce, outros acreditam que sentirão um leve sabor da cana e outros não sabem o que esperar. Segundo André, para todos eles, o sabor da Cacahuatl é surpreendente.

“O público consumidor fica surpreso com o fato dela ser diferente de tudo que eles já provaram na vida. A minha bebida é cacau fermentado e destilado, é puro cacau, 100% cacau, não é misturado com nenhuma outra bebida. Todo mundo que prova pela primeira vez percebe como ela é diferente, como ela é frutada, saborosa, como ela é aromática, deixa um sabor bom na boca. Ela surpreende”, se orgulha Scampini.

A Cacahualt está ganhando o mercado e no mês de julho, o produtor esteve presente na Feira do Empreendedor realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES). Para ele, esta é uma das melhores formas de apresentar o seu produto.

“A minha bebida participa de muitos eventos, muitas feiras. Além de ser uma bebida de mercado interno, também somos tipo exportação, e essas feiras abrem portas do mercado externo para os produtos brasileiros”, explica André.

LEGADO CAPIXABA

André Luiz Scampini. Foto: Divulgação

André Luiz Scampini. Foto: Divulgação

Que o Espírito Santo se destaca quando o assunto é a produção de cachaça, isso não é novidade para ninguém. É que o estado ocupa a terceira posição entre os maiores produtores da iguaria no Brasil, trazendo para o topo desta lista os municípios de São Roque do Canaã, Castelo e Domingos Martins.

Quando o assunto são as aguardentes em geral, o estado também não fica para trás, é o quarto maior produtor, com destaque para Castelo que se posiciona na frente de Cachoeiro de Itapemirim e de São Roque do Canaã. Os dados são do Anuário da Cachaça de 2021.

AGUARDENTE OU CACHAÇA?

Mas afinal, qual a diferença entre cachaça e aguardente? A verdade é que toda cachaça é aguardente, mas nem toda aguardente pode ser considerada cachaça, apenas aquela feita exclusivamente da cana de açúcar.

No Espírito Santo tem 94 alambiques produtores de aguardente de cana, além de outros 14 que produzem outras aguardentes e destilados, mercado que está crescendo no estado. Quem está acompanhando esse movimento é o André Luiz Scampini, de Linhares, que inovou com a produção de uma aguardente de cacau, a Cacahuatl.