Bandidos usam nomes de advogados para aplicar golpe do precatório no ES

Dinheiro. Foto: FreePik

Em novo golpe que está sendo aplicado no Espírito Santo, criminosos se passam por advogados e pedem depósito de valores referentes a custas de processos de precatórios. O alerta foi feito pelo Sindicato dos Advogados do Espírito Santo (Sindiadvogados-ES). Segundo o sindicato, o golpe dos precatórios também tem sido aplicado em médicos.

De acordo com o sindicato, os criminosos estão utilizando informações de escritórios de advocacia para induzir vítimas a depósitos fraudulentos. Os advogados que estão tendo seus nomes utilizados são, sobretudo, os que atuam em sindicatos que movem ações para o recebimento de precatórios.

Para aplicar o golpe, os criminosos criaram um WhatsApp utilizando o nome do escritório de advocacia de uma profissional que presta serviço a um sindicato. Por meio da conta fake, fazem contato com os filiados informando que tais servidores possuem quantias a receber por precatórios que ainda estão tramitando. Os golpistas utilizam, inclusive, números de processos verdadeiros. No contato, solicitam que depósitos sejam realizados, referentes a custas processuais, para que os precatórios sejam pagos.

O presidente do Sindiadvogados-ES, Luiz Télvio Valim, alerta que é preciso que a população esteja informada, incluindo os filiados de diversos sindicatos. Valim explica que para recebimentos de precatórios é necessário um mínimo de formalidade, inclusive assinaturas do cliente, do advogado e utilização de contas oficiais da Justiça. “Há pessoas que estão fazendo depósitos para pessoas físicas que estão em outro estado. É preciso todo o cuidado e estar alerta. No caso desse tipo de contato, é preciso ligar para o escritório, para o advogado ou para o sindicato de classe”, explicou.

Sobre o mesmo golpe sendo aplicado em médicos, Télvio Valim explica que criminosos estavam abordando os profissionais nas ações de precatório do Plano Bresser e do Contingenciamento do Estado. Sobre os advogados que estão tendo seus nomes utilizados, ele afirma que o Sindiadvogados-ES está à disposição para orientações. Nesse caso, é preciso acionar a Polícia Civil para registro de ocorrências.