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Dia a dia

Você sabe o que realmente pode ser reciclado no ES?

Entenda o que acontece com o lixo reciclável e como você pode contribuir para um processo mais eficiente e sustentável no Espírito Santo

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Materiais recicláveis

Materiais recicláveis. Foto: FreePik

Você sabia que nem tudo o que você descarta pode ser reciclado? A reciclagem é uma prática fundamental para a preservação do meio ambiente e para o fortalecimento da economia circular. No Espírito Santo, a coleta seletiva de resíduos é uma das principais ferramentas para alcançar esses objetivos. No entanto, muitos materiais recicláveis acabam sendo rejeitados na etapa final do processo, mesmo após serem descartados corretamente pelos consumidores. Por isso, é essencial entender o que pode ou não ser reciclado e como você, como cidadão, pode contribuir de forma mais eficaz para melhorar esse processo e ajudar a preservar o nosso planeta.

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A reciclagem exige uma triagem cuidadosa para garantir que os materiais com maior potencial de reaproveitamento sejam corretamente selecionados. De acordo com Alvanette Eleoterio, da Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reunes), embora muitos materiais cheguem até os catadores e cooperativas, nem todos são viáveis para a reciclagem. Alguns acabam sendo descartados durante o processo de separação devido à falta de viabilidade ou à contaminação. A conscientização sobre o que pode ou não ser reaproveitado é essencial para otimizar a reciclagem e, assim, contribuir com a sustentabilidade e o meio ambiente.

Papel e papelão: Itens como jornais, revistas, encartes, cadernos e caixas de papelão estão entre os materiais mais reciclados. Porém, papéis fotográficos e adesivos, por conterem substâncias que dificultam a transformação, não são aproveitados. Além disso, papéis engordurados, como os de fast food, também são rejeitados.

Plástico: Garrafas PET de bebidas, embalagens de shampoo, e potes de alimentos, como os de iogurte, são amplamente reciclados. Porém, plásticos de difícil processamento, como o “PET fantasia” (de cores fortes) e o isopor, não têm viabilidade de reciclagem no Estado. Também, os plásticos de embalagens de produtos de limpeza e higiene têm baixo valor de reaproveitamento.

Metais ferrosos e não ferrosos: Latas de alumínio e latas de conserva, como as de sardinha e leite, são recicláveis. Contudo, outros metais como panelas e itens de cobre, embora recicláveis, enfrentam dificuldades no processo de triagem.

Óleo vegetal: Óleos de cozinha usados, como os de fritura, podem ser reciclados, mas é fundamental que não sejam descartados diretamente no lixo. Esse material pode ser reutilizado em processos industriais, como a produção de biodiesel.

Embalagens longa vida: Caixas de leite, suco e outras bebidas são recicláveis, mas é importante que sejam bem enxaguadas antes de serem descartadas para evitar contaminação.

Descarte correto

A separação adequada do lixo é fundamental para garantir que o máximo de materiais possíveis seja reaproveitado. Segundo Alvanette, o uso consciente da água potável também contribui para o processo de reciclagem. “Ao lavar os utensílios, podemos reaproveitar a água na limpeza das embalagens recicláveis antes de descartá-las”, sugere.

No Espírito Santo, a Runes é composta por 12 associações em diferentes municípios, como Serra, Cariacica e Vitória, e tem como um de seus principais objetivos a promoção da sustentabilidade e a geração de renda para os catadores. A rede também busca conscientizar a população sobre os cuidados necessários no descarte e estimular o fortalecimento da economia circular.

O que não é reciclado

Apesar dos esforços em prol da reciclagem, alguns materiais não têm viabilidade de reaproveitamento. Isso inclui isopor, laminados e plásticos de difícil reciclagem, como os utilizados em produtos de higiene e beleza. Além disso, itens como sandálias havaianas (somente as originais) e produtos contaminados com substâncias como gordura ou químicos também não podem ser reciclados.

A importância da separação

Separar corretamente os resíduos é um passo crucial para que a reciclagem seja eficaz. A simples atitude de lavar e secar as embalagens antes do descarte facilita o trabalho dos catadores e aumenta as chances de que o material seja reciclado. Além disso, é importante não misturar lixo orgânico com reciclável, pois isso compromete a qualidade do processo de triagem.

Em condomínios, a coleta seletiva também pode ser implementada com sucesso. A criação de comissões de moradores e o fornecimento de lixeiras adequadas para cada tipo de resíduo são passos importantes para a prática da reciclagem. Algumas áreas podem até gerar uma renda extra ao vender os resíduos recicláveis para cooperativas, contribuindo para melhorias no local.

Com uma coleta seletiva bem estruturada e o engajamento da população, o Espírito Santo pode se tornar um exemplo de eficiência no reaproveitamento de materiais e na promoção da sustentabilidade.

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