Bem-estar
Ocorrências de meningite podem aumentar com a chegada do frio
Dia mundial de combate à meningite, nesta segunda-feira (24), reforça a importância da prevenção devido à letalidade alta da doença

Doença é fatal se não tratada adequadamente. Foto: Freepik
Nas épocas do ano em que as temperaturas começam a cair, os casos de meningite tendem a aumentar. A doença é uma inflamação nas meninges, membrana constituída de tecido conjuntivo que envolve o sistema nervoso central.
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A infectologista Ana Carolina D’Ettorres explica que quando as meninges são invadidas por algum patógeno, que pode ser uma bactéria, vírus ou fungo, é provocada uma reação inflamatória. As incidências mais comuns são causadas por bactérias.
“De maneira geral, é nas transições de estação para épocas um pouco mais frias e secas que a meningite volta a afetar mais pessoas. As crianças menores de dois anos são as mais vulneráveis às meningites bacterianas, assim como aquelas que apresentam fragilidade do sistema imunológico, como pacientes em quimioterapia, idosos e pessoas que vivem com o HIV sem tratamento”, salienta a infectologista.
Os sintomas mais comuns da meningite são: febre, alteração do estado de consciência que deixam a pessoa confusa e apática, manchas pelo corpo, principalmente em crianças, letargia, dor de cabeça, vômitos e fotofobia, a intolerância à luz.
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“Se tiver qualquer um desses sintomas, logo no início, procure orientação médica o quanto antes porque tempo é ouro em meningite. Quanto antes diagnosticada e tratada melhor será o desfecho”, alerta Ana Carolina.
Gravidade
A meningite é uma doença potencialmente grave e fatal, como uma letalidade alta, quando não tratada adequadamente, e que pode levar a sequelas permanentes como amputação, cegueira e surdez.
A infectologista aponta que existe prevenção por meio de vacinas, algumas estão disponíveis pelo programa nacional de imunização, para as crianças e imunodeprimidos. Na rede privada há opções com maior cobertura.
A transmissão da doença se dá por meio de contato direto com gotículas ou aerossóis. Dessa forma, é preciso ter contato próximo com uma pessoa que tenha meningite.
“Existe ainda uma condição dentro da meningite que são os portadores assintomáticos da bactéria: eles ficam colonizados por essas bactérias na nasofaringe, não ficam doentes, mas podem transmitir. É muito comum adolescentes e adultos jovens serem colonizados, e serem grandes transmissores, devido a questões comportamentais”, finaliza a médica.
