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De graça: saiba como participar de projeto da Ufes que trata enxaqueca

A coordenadora do projeto, a professora Fernanda Dias, conversa com a BandNews FM ES

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A professora  e pesquisadora Fernanda Dias, do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), apresentou um projeto inovador que utiliza técnicas de neuromodulação para tratar enxaqueca e dores na face. Coordenado por Fernanda, o “Neuromodulação Ufes para Todos” aplica pulsos eletromagnéticos e corrente elétrica não invasiva na cabeça dos pacientes, visando estimular áreas cerebrais e melhorar a plasticidade cerebral.

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Segundo a professora, essas técnicas são especialmente eficazes para condições como Parkinson, depressão, Alzheimer, além de serem um alívio para pacientes que sofrem com enxaqueca crônica. “Nosso foco inicial, não que a gente não trabalhe com outras condições, é atender pacientes com enxaqueca, que é altamente prevalente na nossa população, e também dores na face”, explicou Fernanda.

Diferença entre dor de cabeça comum e enxaqueca

Fernanda esclareceu que a enxaqueca vai além da dor de cabeça comum. A condição, além de durar mais de três meses, deve ocorrer pelo menos três vezes por semana e ser acompanhada por sintomas como fotofobia, fonofobia, náusea e fadiga física. “A enxaqueca é uma síndrome, um conjunto de sintomas. É mais do que só a dor”, destacou.

Além disso, a enxaqueca pode ser antecipada por sintomas como tontura, cansaço e bocejos, mesmo antes da dor se manifestar. Esses sinais são conhecidos como sintomas premonitórios, que muitas vezes imobilizam os pacientes, afetando drasticamente sua qualidade de vida e produtividade no trabalho.

Projeto da Ufes oferece tratamentos alternativos

O projeto coordenado pela Ufes visa oferecer alternativas ao tratamento farmacológico convencional, que muitas vezes se mostra ineficaz e causa efeitos colaterais indesejados. “Nós lá na Ufes, especialmente nesse projeto que eu coordeno, vamos fazer duas técnicas: a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) e práticas de mindfulness”, revelou Fernanda.

A TMS, que utiliza pulsos eletromagnéticos no cérebro, é uma técnica de alta tecnologia que ainda não é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a equipe da Ufes está em processo de elaboração de um projeto de lei para que essa modalidade de tratamento seja incluída no SUS. Além disso, o projeto de neuromodulação é complementado por práticas de mindfulness, que auxiliam os pacientes a gerenciar a dor de forma mais eficaz e, assim, reduzir o uso de medicamentos.

Participação no projeto e busca por parcerias

O projeto está com inscrições abertas para pacientes que sofrem de enxaqueca crônica e dores na face. “As inscrições podem ser feitas no Instagram do projeto Alívio, onde há formulários disponíveis para cadastro”, informou Fernanda. A participação no projeto é voltada para maiores de 18 anos, e o tratamento tem a duração de um mês por paciente.

Fernanda também ressaltou a importância de parcerias com instituições privadas para a ampliação do atendimento. “Há um edital aberto da FAPES para apoio de pesquisas em parceria entre instituições privadas e públicas. Se alguma instituição privada tiver interesse em montar um ambulatório dentro da sua empresa, em parceria com a universidade, seria muito interessante”, sugeriu.

Por fim, a professora agradeceu à sua equipe de estudantes e professores da Ufes, que têm contribuído ativamente para o desenvolvimento do projeto. “Tenho muito orgulho dos meus alunos e da Ufes, que possibilita a realização desse trabalho”, concluiu Fernanda.

Clique aqui para se inscrever no projeto!

 


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